quarta-feira, 16 de novembro de 2011

Janela de avião

Na penúltima vez que vim de Teresina para Brasília, escolhi a janela do avião. Tal não foi minha surpresa ao me deparar com um carinha sentado no meu abençoado lugar. Como estava fazendo um exercício de temperamento, resolvi relaxar. Contei até 100 se duvidar!rsrs Brinco! Fiquei ali, desejando ardentemente meu lugar, mas nada consegui falar. Fiquei tentando imaginar as melhores coisas daquela pessoa: talvez seja sua primeira viagem... e tal.. mas não consegui relaxar. É muito estranho fingir o que não se é. Naquele momento, era como se minha roupa não me coubesse. Resolvi fingir que estava dormindo, numa forma de punição àquele que me roubara meu assento. rsrsr.. olha só! brincando de ser criança novamente. Hoje, quando fiz o meu checkin, vi que não havia mais nenhuma vaguinha na janela. Rendi-me ao encanto de uma cadeira do meio. E nem por um segundo pensei em usurpar a janela de alguém. Sou assim! E isso faz uma enorme diferença. E mesmo assim ainda consegui apreciar os primeiros raios do sol que iniciava esse lindo dia!

Saudade

Tem gente que não tem a menor noção dos reais sentimentos que provoca a uma pessoa. Dias atrás vivi algo assim... minha única reação foi calar-me diante de tão mal entendido! Mal entendido, mal compreendido e mal correspondido sentimento. Hoje achei as palavras certas que expressam exatamente o que havia dentro de mim naquele momento.

"Saudade é um pouco como fome.
Só passa quando se come a presença.
Mas às vezes a saudade é tão profunda que a presença é pouco: quer-se absorver a outra pessoa toda.
Essa vontade de um ser o outro para uma unificação inteira é um dos sentimentos mais urgentes que se tem na vida." (Clarice Lispector)

Na verdade, acho que tem gente que nunca experimentará esse tipo de emoção. Simplesmente pq não lhe cabe. Lamento. Mas, sinceramente, não me arrependo!