quinta-feira, 26 de novembro de 2009

Pausa

Na verdade, acho que chega uma hora que a própria vida quer uma suavidade no seu ritmo! Pra ganhar fôlego pra seguir por novos caminhos... o meu telefone toca: é a Sarah e o Expedito: confirmado! Nossa baixinha vai concorrer ao Prêmio Brasil Olímpico! O Oscar do Esporte Brasileiro!!!!!!! Difícil conter as lágrimas, o coração dispara! Deus sempre me surpreende! "Quando nada é certo, TUDO é possível!" Não esqueçam nunca disso!

Preguiça, cansaço ou vontade de relaxar?

Sabe aqueles dias em que não há nem vontade de sair da cama.. hoje estou assim! Levantar da cama foi difícil. Já estava atrasada. Tinha avaliação física, mas decidi lentamente fazer meu café e mais vagarosamente tomá-lo. Perdi a avaliação, por conta do atraso, e resolvi, então, sem olhar para o relógio, malhar! Fiz todos os exercícios direitinho. Ri, ouvi música, ensaei alguns passos quando o ritmo ficava mais animado. E voltei pra casa. Suada. Pronta para um bom banho, com direito a lavar o cabelo e ficar alguns minutinhos debaixo do chuveiro. Afinal, atrasada eu já estava.
Escolhi a roupa, peguei uma pêra e segui o caminho rumo ao trabalho. Matérias, matérias.. pensar... é assim que passo o meu tempo! Buscando as palavras certas, rememorando os fatos.. senti falta das primeiras leituras diárias, mas na verdade estou mentalmente cansada.. minha profissão às vezes me cansa. Ter que estar sempre atualizada.. ter que ler, ler.. mas sem isso, cadê meu mundo???
Estou silenciada. E nem mesmo assim consigo sempre ouvir a minha própria voz. Ai começo uma briga interior: tá vendo! Vc não me escuta, dona Sâmia! rsrsr.. é engraçado até! E nesse diálogo interno sigo... a vida prega suas próprias peças comigo. Esqueci o celular dentro do carro e tenho que voltar mais 14 andares para pegá-lo. Uffaa..
Estou aqui.. eu e o computador. Eu e o msn. Eu e meu blog.. mas eu queria mesmo era ouvir alguém contar histórias. Ou ficar deitada confortavelmente comendo beijinho ou brigadeiro. Ou mais ainda: recebendo um cafunezinho e de olhos bem fechados, sem nem esperar que possa acabar.
Sabe, estou entendo que a gente precisa de mais gente.. até mesmo para poder ser o que se é. rsrsr...

terça-feira, 27 de outubro de 2009

O que é viver?? rsrsr Essa pra Renatinha!

O meu conceito de viver é simples, amiga: fazer o que tenho vontade! Sem medo, sabe.. sem me machucar.. sem preconceitos internalizados... sem me preocupar se tem alguém olhando.. rsrsrs.. nem se vão dizer se está certo ou errado!

Cheguei num ponto da minha vida em que me sinto livre pra ser assim.. sem amarras interiores ou exteriores... Quando algo aqui dentro de mim diz que não tá legal, então eu páro, reflito e decido..

É isso!

Te amoooooo!!!

sexta-feira, 16 de outubro de 2009

Adorável Ana!

Meu Deus, nem acredito!!! Meu coração está em festa e, confesso, foi inevitável segurar as lágrimas! A Ana Jácomo comentou meu texto, viram???? Parece aquela história do ídolo que fala com o fã.. a minha "ídola" no mundo das letras fala comigo.. nem Carlos Drummond e Cecília Meireles sabem a emoção!!!!rsrsrs

Obrigada, Ana. Vc não sabe a honra de estar sendo lida por vc.. nossa!!! Temos algo muito em comum. Papai também fazia isso comigo.. e até hoje também estou embromando! Nada pior que ter que fehcar os olhos quando a mente está fervilhando em idéias!

Meu dia ganhou cor, graças a você, que passo a chamar de amiga! Estava cinza, de um silêncio interior que desde cedo me incomodava.

Um dia de muitas cores pra você também! E obrigada por existir!

Benções divinas!

quarta-feira, 7 de outubro de 2009

Bom dia, mundo!!!!

Se tem uma coisa que amo de paixão é curtir a madugada... ouvir o silêncio, perceber melhor os barulhos na minha casa, quase inaudíveis durante o dia (o barulho do relógio ao contar o tempo, do motor da geladeira, da água subindo pelos canos...). E até o som da minha própria respiração e as batidas do meu coração, lembrando-me que existo e estou viva!

As madrugadas me levam ao encontro de mim mesma. É quando converso comigo, me ouço, me sinto mais plena.. e, nesse monólogo interior, posso ser eu, verdadeiramente.

Adoro sentir a brisa fria da madrugada. Ver a noite dar lugar ao dia e tudo se tornar revelável. Adoro ouvir os sons que anunciam a chegada de um novo dia. Os pássaros cantam, os galos cantam, os aviões e os carros começam a trafegar..na minha Teresina, eu ainda ouvia o barulho do trem, anunciando a sua primeira viagem.. ouvia também a rádio-comunidade... longe, mais ouvia... se morasse perto de uma igreja, certamente ouviria os sinos tocarem...

E é nesse despertar da coisas que traço meu diálogo matinal com Deus, pedindo, agradecendo e desejando um excelente dia para Ele, para mim e para o mundo!

Vontade de ser plenamente. De viver plenamente. Consciente de que tudo tem hora certa para acabar!!!!

"Nada é absolutamente errado. Até um relógio parado marca a hora certa duas vezes ao dia" (não sei de quem é essa frase, mas a vi em algum lugar.. é uma ótima teoria da relatividade!)

terça-feira, 6 de outubro de 2009

Sem desespero...

E adorei também essas frase, do Caio Fernando Abreu, que está no blog dela. Para acessar é só clicar do lado direito.. cheiro de flor quando ri!

“É preciso estar distraído e não esperando absolutamente nada. Não há nada a ser esperado. Nem desesperado.”

Entendem? entendem??? esse é o mistério!

Gostaria de ter escrito

Não é a primeira vez que acontece. Mais um texto que gostaria de ter escrito. Parece que leram o que se transcorria na minha alma e conseguiram materializar em palavras. Ana Jácomo mais uma vez. Adoro os textos dela, gente! Identifico-me imensamente com eles. Segue mais uma pérola dessa morena que eu amo através das letras:

Nudez essencial
Eu acredito que a maior expressão da intimidade é desnudar a alma. Que, principalmente para isso, há que se ter coragem. Podemos viver uma vida inteirinha sem conseguir perder esse tipo de recato. Desnudar a alma e mostrar para o outro: isso aqui sou eu. Isso aqui também sou eu. E isso e isso e isso. Isso que você não imagina nem em sonho, acredita, sou eu de vez em quando. Isso que nem é confortável admitir porque contradiz, na prática, a minha fala, sou eu. Isso que escapole do meu controle, das minhas estratégias, dos meus planos, do meu discurso. Isso que não acontece no tempo do relógio. Isso que é lugar que está fora de qualquer mapa que alguém possa conseguir para localizar onde estou. Isso que nem sei direito o que é, de tão novo, sou eu. Isso que nem sei mais direito o que é, de tão antigo, sou eu. Isso, lindo à beça, sou eu. Isso, complicadinho assim, sou eu. E mais um monte de coisas que nem posso mostrar porque não conheço ainda e talvez nunca descubra.

Eu acredito que a maior expressão da intimidade é desnudar o que a gente sente. É ser com o sentimento em voz alta. Os corpos, por mais singulares que dadivosamente sejam, são previsíveis; as almas, não. Aí é que entra o amor. Que acolhe. Que abraça. Que quer ver. Que quer ver além das aparências. Amar é sorrir para a nudez essencial do outro com a mesma graça, com a mesma generosidade, com que a gente sorri para a nossa. Com o mesmo afeto. Com a mesma fé. Estamos todos nos despindo, pouco a pouco, nesse strip-tease evolutivo, e sabemos que não é fácil. Há que se ter coragem para ficar nu de alma inteira diante de nossos próprios olhos e, principalmente, diante de outro olhar. Há que se ter coragem para ficar nu, até onde essa nudez nos é possível. Mas, com todo e qualquer embaraço, acho que, no fundo, é essa intimidade genuína que queremos ter cada vez mais com nós mesmos e cada vez mais aprendermos a trocar.

Amar é ver a alma do outro nua e, por tudo o que se vê, apesar de tudo o que se vê, manter o olhar encantado e cuidadoso. O amor não precisa vestir motivos. O amor é nu.

quinta-feira, 27 de agosto de 2009

Deus é tremendo!

Deus me deu uma rasteira para que eu aprendesse a ficar em pé e, principalmente, soubesse que, para levantar, eu precisaria primeiro ficar de joelhos...ele é tremendo!!!! uauuuuuuu.

terça-feira, 28 de julho de 2009

Envelhecer....


"Envelhecer é como velejar, você não pode parar o vento, mas, pode direcionar a vela para que o vento lhe seja favorável."
(Aldemita Vaz de Oliveira)

Hummmmmmmmm....

Cheiro de vida nova no ar!!! Hoje completo mais uma primavera.. hehehe.. eu disse a todos que estou ficando mesmo é uma "moça véia"!!! kakakaka.. ontem fui procurar na net algo sobre os 27 anos e achei um livro que conta sobre a vida de cantores de rock que morreram exatamente nesta idade. A lista sinistra do que eles chamam a idade do mito contém nomes de famosos como:

BRIAN JONES - guitarrista dos Rolling Stones até 1969, o músico era tão talentoso que se dessem um tijolo na mão dele, o cara conseguia tirar um som. O mais bonitinho dos Stones morreu afogado na piscina de sua casa em julho de 1969.
ALAN WILSON - vocalista da banda de blues californiana Canned Heat, foi encontrado morto, vítima de uma overdose de heroína. O músico sofria de depressão e sua morte foi considerada como suicídio, em setembro de 1970.
JIM MORRISON - O vocalista dos Doors foi encontrado morto na banheira de seu apartamento, em Paris, por sua companheira Pamela Courson, no dia 3 de julho de 1971. Os rumores eram de uma overdose acidental.
JIMI HENDRIX - o maior guitarrista de todos os tempos morreu após ingerir nove comprimidos para dormir, asfixiado pelo vômito, durante o sono, em setembro de 1970. Curiosamente ele trabalhava numa nova letra chamada "The Story Of Life Is Quicker Than The Wink Of An Eye" (A história da vida é tão rápida quanto uma piscada de olho).
JANIS JOPLIN - A maravilhosa voz do blues morreu de uma overdose de heroína, possivelmente combinada com os efeitos do álcool, em Outubro de 1970. Dias antes de sua morte, ela gravou uma fita desejando feliz aniversário ao Beatle John Lennon. O tape chegou à casa de John no dia seguinte da morte da cantora.
KURT COBAIN - Ícone na geração grunge, o líder do Nirvana foi encontrado morto em sua casa, em Seattle, por um eletricista, em abril de 1994. (... dentre outros... )


Uffaaaa...curioso não???? nem de longe penso numa coisa dessas... e conviver com essa possibilidade apenas me dá força para oferecer, neste próximo ano - que começa AGORA, o melhor de mim, tenham certeza!!!!

Outro texto "sinistro" que achei falava de um estudo científico norte-americano que aponta que aos 27 anos a rapidez do raciocínio e a capacidade de visualização espacial começam a declinar! Ou seja, começa-se a envelhecer exatamente aos 27 anos, pode????!!!!!! hehehehe.. sorte minha, que sempre sonhei em usar aqueles cremes chics da juventude!!!

Nos exercícios de memorização, foi só aos 37 que se notou um declínio das performances. Já nos testes de vocabulário e de cultura geral, o saber continua a aumentar até aos 60 anos.

Então, boas vindas eu dou à SABEDORIA!!!! Os anos, ela me traz... ou a ela me conduzem.. (engraçada essa construção)... Vi um texto de um autor desconhecido que diz: "Todos podemos envelhecer. Não requer talento nem habilidade para isso. O importante é amadurecermos encontrando sempre a oportunidade na mudança... envelher é obrigatório. Amadurecer é opcional!". Concordo!!!!

Agradeço imensamente a Deus pelos 26 anos que se passaram. E pela oportunidade diária de começar uma nova história!!! Estou nascendo agora, mais sábia, mais linda, mais forte... Obrigada, Deus amado!!!!!

E viva a VIDA!!!

segunda-feira, 22 de junho de 2009

Descobrir-se!

Há uma grande descoberta a ser feita diariamente: a si mesmo! Um desafio que se coloca em nossa porta a cada ar que respiramos. Uma tarefa que, sem dúvidas, não é fácil. Leituras, indagações profundas, diálogos intensos com Deus, a relação com o outro... tudo traz um pouco daquilo que necessariamente temos que saber para continuar a caminhada, mesmo quando não sabemos onde de fato queremos chegar.

segunda-feira, 1 de junho de 2009

Candura


É bom demais quando alguém parece penetrar na alma da gente. E desperta de novo a esperança, a candura (pureza, inocência). Às vezes criamos barreiras aparentemente intransponíveis, mas algumas pessoas têm a enorme capacidade de superá-las. Essa noite senti novamente isso acontecer. De forma sutil, medrosa... engraçado como para certas coisas vamos numa vagareza... mas é assim a verdadeira entrega. É como o desabrochar de uma flor!

Maio.. acabou!

Lembrei da velha música do Kid Abelha que diz: "maio, já está no final...". Na verdade, já acabou.. mas é o mês mais lindo do ano. É quando a gente começa a perceber que mais um ano já está indo também. O céu é mais azul, o gosto é de férias.. o vento é suave.. Em Brasília, em Teresina, a sensação é a mesma. De pureza, alma limpa... as manhãs de maio são as mais bonitas do ano, eu sempre costumo dizer. A curiosidade agora me fez olhar a letra da música. Se encaixa:

"Maio
já está no final
O que somos nós afinal
se já não nos vemos mais
Estamos longe demais...longe demais

Maio
já está no final
É hora de se mover
prá viver mil vezes mais
Esqueça os meses
esqueça os seus finais...esqueça os finais

Eu preciso de alguém
sem o qual eu passe mal
sem o qual eu não seja ninguém
eu preciso de alguém"

segunda-feira, 25 de maio de 2009

A morte

Fiquei devendo esse post. Semana passada faleceu a vó da Rê, dona Lourdes. Uma pessoa incomensurável, doce e acima de tudo serena. Sempre alegre, de bem com a vida, sabia nos acolher carinhosamente. Era humana, simples, admirável e inesquecível. Foi impossível conter as lágrimas com a dor de sua partida. Nunca nos acostumaremos com a morte, por mais que ela seja o único destino certo de todos nós. Três dias depois, veio ao mundo a Alice, bisneta da D. Lourdes e sobrinha e afilhada da Rê. Alegria e tristeza se misturam. Mas assim é vida... nascemos e vamos morrer, com absoluta certeza. Mais uma vez, tive a convicção do bem viver, de deixar "bons rastros" diários, pq nunca saberemos quando é chegada a hora!

Olhar além do alcance

Outro dia, conheci uma pessoa muito modesta que me escreveu o seguinte: "voce é daquelas pessoas que a gente conhece e em 30 segundos já vira fã e amigo". E eu repondi: "Ei... bom demais ouvir isso! obrigada.... Mas olha só: depois dos 30 segundos, os defeitos começam a aparecer.. rsrsrs.. ai é que são elas... ". A réplica veio da seguinte forma, e me surpreendeu mais ainda: "todos nós, depois dos 30 segundos começamos a mostrar nossos defeitos".
É verdade pura! E pior ainda: muitas pessoas, só muito, muito depois dos 30 segundos e que começam a mostrar realmente quem são.
Neste episódio, aprendi uma coisa: as pessoas nos olham e nos vêem, literalmente. Nós, às vezes, é que não conseguimos nos enxergar, tão turva ficou a visão diante de tantos desafios diários.

quarta-feira, 6 de maio de 2009

Amor-próprio


"A carência se revela quando a nossa auto-estima está machucada!" É como um pássaro quando está com uma asa quebrada... perde o equilíbrio, não pode mais alçar vôos... temos que ter muito cuidado!!!

domingo, 3 de maio de 2009

Esvaziar-se!

"Tenho muitas saudades... preciso esvaziá-las, pois elas não cabem mais em mim"! É assim que devemos fazer com esses sentimentos que parecem transbordar o peito. Ana Jácomo tem um texto que amo, e adoraria ter escrito. Faço delas, palavras minhas: "Economizar amor é avareza. Coisa de quem funciona na frequência da escassez. De quem tem medo de gastar sentimento e lhe faltar depois. É terrível viver contando moedinhas de afeto. Há amor suficiente. Há amor para todo mundo. Há amor para quem quer se conectar com ele. Não perdemos quando damos: ganhamos junto. Quanto mais a gente faz o amor circular, mas amor a gente tem. " (leiam na íntegra: http://anajacomo.blogspot.com/2007/12/dizer-o-amor.html

Reconfiguração mental

A primeira dica do professor de redação foi de se fazer uma RECONFIGURAÇÃO MENTAL. E ele acrescenta mais: "ser simples é ser premiado". Por isso, SIMPLIFIQUE! Acho que são duas dicas válidas para todos as aspectos de nossa vida. Mas olha que isso não é fácil. Exige um esforço diário. É um desafio a si mesmo! E as dicas vão mais além e se encaixam: superar o medo, ter atenção, elegibilidade (que pode ser substituído aqui por clareza, transparência), exercitar... é esse o caminho! O fato é que cada pessoa é uma única pessoa e tem seu ritmo próprio. Cabe a cada um de nós respeitar. Façamos, então, esse esforço para se reconfigurar ou, como alguns diriam, transmutar-se. O importante mesmo é ser uma pessoa melhor a cada dia, deixar bons "rastros", trilhar novos caminhos, sem nenhum medo de ser feliz!

domingo, 26 de abril de 2009

Onde está eu? Onde está você?

Algumas cirscutâncias da vida levam a esquecermos de nós mesmos. A estranha sensação é de olhar e não se ver. Não se ver por não se reconhecer, através de situações até então inimagináveis. E não se ver, literalmente, por não conseguir se enxegar, tamanhos são os embaraços do nosso universo interior. Estamos cá, diante de nós mesmos e não encontramos respostas para as próprias perguntas. Parecemos pião de brinquedo, dando voltas ao redor de si mesma, ou novelo de lã, amorratadas de confusões. São nessas circusntâncias que ficamos àvidos a cometer os piores erros, de tão distantes que ficamos dos nossos próprios valores. Como ferida que cicatriza, parece que são nesses momentos que criamos uma pele nova, mas aquela, mais áspera, vai ser formada e arrancada. Duro mesmo não é não se ver. Isso, em alguns momentos, é inevitável. Duro é não deixar a mudança acontecer. É tentar trapacear um processo natural que se inicia e, quando menos esperar se conclui.

O tempo de cada um

Tudo precisa de um tempo. Tempo para nascer, para dormir, para acordar, para comer, para banhar, para correr... tempo para curar... tempo para amar.. tempo para nada! E cada pessoa tem o seu tempo de ter tempo. Olha lá! Ela está fechada. Fechada, não. Totalmente vedada. E nem percebe. Quantas vezes pediu para o amor chegar.. desse jeito como ele chega? Em seu coração, pelo menos agora, não cabe mais um outro. E ele é escurraçado que nem cachorro, pois ela está completa por si mesma. Completa? Ou completa de uma incompletude intocável? Uma fera ferida. Uma fera precisando mesmo é ser domada. Mas é o tempo dela. Tempo sem hora certa pra acabar. Gélida? Para sempre só? Ela precisa disso agora para encarar as amarguras do dia-a-dia e as fraquezas da própria alma. Já vejo a hora em que esse coração cansar de estar seco e sair em uma verdadeira ronda, numa caça foraz pelo objeto de desejo. Amar e ser amado é, da natureza do homem, a mais bela e inalterável.

Bonito é ser quem somos

É lindo ver as pessoas na pureza delas mesmas. Na simplicidade de serem unicamente o que são. Mas às vezes isso até assusta, quando nos deparamos diariamente com as várias máscaras que elas fazem questão de expor. Então, quando encontramos com a transparência em pessoa, olhamos estranhamente para aquele novo ser, que ora se revela. Mas ser o que se é não é tão simples assim, pelo menos para algumas pessoas que já passaram na minha vida. É estar no ápice da própria vulnerabilidade, escondida atrás da própria alma que teima em querer se revelar.
Como é bom estar ao lado de pessoas que são somente elas mesmas! Sentimos a leveza da presença, o riso parece fluir mais fácil e até a gargalhada é mais doce. Todas as barreiras desmoronam e é como se todos à voltam se contagiassem em apenas ser quem de fato é. Acedito que por mais que as pessoas se revertam de máscaras diárias, quando menos esperarmos elas cederão para a propria essência, aquela antes irrevelável, que se mostra, se expõe, tal qual uma criança, quando é dada a luz.

sábado, 25 de abril de 2009

Brasília...

... de manhã 25, à noite 19 graus.... e aqui dentro estou fervendo de amor...

Ana Jácomo, tiro o chapéu!

Esse texto é de autoria da linda Ana Jácomo (anajacomo.blogspot.com), uma escritora que admiro imensamente pela habilidade que tem com as palavras, e pela forma como ela expõe as belezas da alma através delas. Ela nem sabe, mas muito de seus textos eu gostaria de ter escrito.. são lindos!!! Vale a pena conhecer seu trabalho. (Kátia, esse texto é pra vc amiga!)

"em muitos trechos do caminho, às vezes bem longos, carregamos muito peso na alma sem também notar. A gente se acostuma muito fácil às circunstâncias difíceis que às vezes podem ser mudadas. A gente se adapta demais ao que faz nossos olhos brilharem menos. A gente camufla a exaustão. A gente inventa inúmeras maneiras para revestir o coração com isolamento acústico para evitar ouvi-lo. A gente faz de conta que a vida é assim mesmo e ponto. A gente arrasta bolas de ferro e faz de conta que carrega pétalas só pra não precisar fazer contato com as nossas insatisfações e agir para transformá-las. A gente carrega tanto peso, no sentimento, um bocado de vezes, porque resiste à mudança o máximo que consegue, até o dia em que a alma, cansada de não ser olhada, encontra o seu jeito de ser vista e de dizer quem é que manda.
Eu fiquei pensando no que esse peso todo, silenciosamente, faz com a alma. No que isso faz com os sonhos mais bonitos e charmosos e arejados. No que isso, capítulo a capítulo, dia-a-dia, faz com a nossa espontaneidade. No que isso faz, de forma lenta e disfarçada, com o desenhista lindo que mora na gente e traça os risos de dentro pra fora. E o entusiasmo. E o encanto. E a emoção de estarmos vivos. Eu fiquei pensando no quanto é chato a gente se acostumar tanto. No quanto é chato a gente só se adaptar. No quanto é chato a gente camuflar a própria exaustão, a vida mais ou menos há milênios, que canta pouco, ri pequeno e quase não sai pra passear. Eu fiquei pensando no quanto é chato a gente deixar o coração isolado para não lhe dar a chance de nos contar o que imagina pra nós e o que podemos desenhar juntos nessa estrada.
Mas chega um momento em que me parece que, lá no fundo, a gente começa a desconfiar que algo não está bem e que, ainda que seja mais fácil culpar Deus e o mundo por isso, vai ver que os algozes moram em nós, dividindo espaço com o tal desenhista lindo que, temporariamente, está com a ponta do lápis quebrada. Sem fazer alarde, a gente começa a perceber os tímidos indícios que vêm nos dizer que já não suportamos carregar tanto peso como antes e a viver só para aguentar. Devagarinho, a gente começa a sentir que algo precisa ser feito. Embora ainda não faça. Embora ainda insista em fazer ouvidos de mercador para a própria consciência. Embora ainda estresse toda a musculatura da alma, lesione a vida, enrijeça o riso, embace o brilho dos olhos, envenene os rios por onde corre o amor. Por medo da mudança, quando não dá mais para carregar tanto peso, a gente aprende a empurrá-lo, desaprendendo um pouco mais a alegria. Quase nem consegue respirar de tanto esforço, mas aguenta ou pelo menos faz de conta, algumas vezes até com estranho orgulho. Até que chega a hora em que a resistência é vencida. A gente aceita encarar o casulo. A gente deixa a natureza tecer outra história. A gente permite que a borboleta aconteça.
Nascemos para aprender a amar, a dançar com a vida com mais leveza, a criar mais espaço de conforto dentro da gente, a ser mais felizes e bondosos, a respirar mais macio, essa é a proposta prioritária da alma, eu sinto assim. Podemos ainda subestimar a nossa coragem para assumir esse aprendizado. Podemos nos acostumar a olhar o peso e o aperto, nossos e dos outros, tanto sofrimento por metro quadrado, como coisa que não pode nunca ser transformada. Podemos sentir um medo imenso e passar longas temporadas quase paralisados de tanto susto. Podemos esgotar vários calendários sem dar a menor importância para o material didático que, aqui e ali, a vida nos oferece. Podemos ignorar as lições do livro-texto que é o tempo e guardar, bem escondido do nosso contato, esse caderno de exercícios que é o nosso relacionamento com nós mesmos e com os outros. Apesar disso tudo, a nossa semente, desde sempre, já inclui as asas. Já inclui o voo. Já inclui o riso. Já é feita para um dia fazer florir o amor que abriga. E, mais cedo ou mais tarde, ela floresce."

O motivo

Neguinha, você está me inspirando! O nível agora é outro, amiga. O céu é o limite! E pelo que parece ele não tem fim. Não sinto o cheiro do impossível ao meu redor. Quem vai nos segurar??? te amo!